(…)
O chefe da polícia científica chega ao laboratório, vindo da morgue. Encontra o estagiário num autêntico estado de êxtase, com a respiração sôfrega.
– Chefe! Analisei o fio de cabelo louro e sabe a que conclusão cheguei?
O chefe, habituado a uma já longa carreira de serviço, não se entusiasma muito, afinal já lhe passaram pelas mãos centenas de casos semelhantes e estaca à espera de uma resposta que justifique tanta aceleração.
– Não é louro!
– Não é louro? Como não é louro? – quase abriu a boca de espanto.
– Encontrei uma grande dose de amónia no fio de cabelo. E amónia é sinal de…
Antes sequer de concluir a frase, já o chefe terminava:
– … tinta para o cabelo! E acabado de vir da morgue e ver que a vítima tem o cabelo preto, posso supor que o nosso criminoso pinta o cabelo. Interessante… Mais alguma coisa?
– A vítima tomava anti-depressivos.
– Bom trabalho! Vou interrogar mais alguns vizinhos e colegas da faculdade, para verificar se sabem a razão de ela tomar isso e talvez falar com o médico que lhe receitou o medicamento. O frasco dizia alguma coisa?
– Paulo Meireles. É o nome do médico.
O chefe depois de ouvir isto, saiu disparado da sala, como se uma ideia lhe tivesse atravessado a mente. Talvez tivesse percebido uma ligação entre uma anterior declaração prestada e o médico ou talvez fosse pedir o contacto do tal médico.
O estagiário olha agora para a bancada de trabalho: prova 1C, chegou o momento de a analisar. Um rolo fotográfico permanece dentro de um tubo de plástico preto:
– Humm, tenho de revelar isto. – diz.
Entra então numa sala escura, apenas com uma luz vermelha e começa o moroso trabalho de revelação fotográfica, certo que dali sairá uma grande surpresa para todos.
(…)
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Editorial
É sempre nas maiores tempestades interiores que este é o meu maior porto de abrigo. Maio 2024 S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 -
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